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Partir com esse método é bastante
desafiador, no entanto é emergente e incontornável no mundo atual a intervenção
em saúde pautada na participação do homem como protagonista da sua qualidade de
vida. Há como melhorar a qualidade da vida de alguém com medidas exteriores? Há
como determinarmos o que é bom para a vida de alguém?
...
A resposta é a mesma para as duas
perguntas, SIM. Inclusive já fizemos isso ou esperamos que alguém o fizesse por
nós de alguma maneira. Medidas estruturais, de acessibilidade, inclusivas podem
sim dar mais qualidade a vida; é indiscutível. Muitas pesquisas ditam o que
devemos ou não fazer com nossa alimentação, comportamento e estilo de vida.
O problema está no respeito à
liberdade e autonomia. É possível alguém se sentir pleno, realizado sem
liberdade? A discussão fica acirrada e o foco- liberdade- prende a atenção e
aguça os sentidos. Desde muito cedo o homem percebeu-se livre, buscou sua
liberdade com a luta, força e principalmente, conhecimento. Tornou-se livre
pensador, filósofo e descreveu a vida e a liberdade sem abstraí-las do Ser
Humano. Descarte caracterizou-a como a ausência de propensão entre duas
alternativas e as relacionava a aquisição de informações. Kant, em Crítica da
Razão Pura, acrescentou a razão, que advêm da consciência sobre as leis morais.
E ainda associou-a a Autonomia, que tem haver com seguir a própria natureza de
Spinoza, ou a espontaneidade de Leibniz. Enfim, liberdade suscita no homem o poder de se exprimir
como tal, e obviamente na sua totalidade.
Pesquisamos do código genético às
galáxias e o maior dos desafios sempre foi, e é o autoconhecimento. Com ele,
poderíamos desenvolver o grande poder do autocontrole e alcançar da liberdade
em sua plenitude. Conhecer-se para ser flexível a ponto de encontrar o caminho da
felicidade em meio a tantas diferenças, equilibrar os opostos e construir o
caminho do meio sem forçar e sem largar o timão da vida que insiste em definir.
As escolhas podem ser o começo; um exercício.
Um exercício angustiante ao perceber
o que Sartre disse ser condição ontológica do Ser humano. Antes de tudo, para
ele, somo livres. Nós decidimos, definimo-nos, engajamos e esgotamos em si
mesmos. Estamos condenados a fazer
escolhas que implicam em responsabilidades.
Por fim, a liberdade pode ser
vista como a capacidade de fazer escolhas. Em grupo há uma oportunidade maior
de ampliarmos a consciência e principalmente de co-laborarmos em prol de um
objetivo comum. Então, que seja a Felicidade.