quarta-feira, 11 de agosto de 2010

SAÚDE: intervenção colaborativa



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Partir com esse método é bastante desafiador, no entanto é emergente e incontornável no mundo atual a intervenção em saúde pautada na participação do homem como protagonista da sua qualidade de vida. Há como melhorar a qualidade da vida de alguém com medidas exteriores? Há como determinarmos o que é bom para a vida de alguém?
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A resposta é a mesma para as duas perguntas, SIM. Inclusive já fizemos isso ou esperamos que alguém o fizesse por nós de alguma maneira. Medidas estruturais, de acessibilidade, inclusivas podem sim dar mais qualidade a vida; é indiscutível. Muitas pesquisas ditam o que devemos ou não fazer com nossa alimentação, comportamento e estilo de vida.
O problema está no respeito à liberdade e autonomia. É possível alguém se sentir pleno, realizado sem liberdade? A discussão fica acirrada e o foco- liberdade- prende a atenção e aguça os sentidos. Desde muito cedo o homem percebeu-se livre, buscou sua liberdade com a luta, força e principalmente, conhecimento. Tornou-se livre pensador, filósofo e descreveu a vida e a liberdade sem abstraí-las do Ser Humano. Descarte caracterizou-a como a ausência de propensão entre duas alternativas e as relacionava a aquisição de informações. Kant, em Crítica da Razão Pura, acrescentou a razão, que advêm da consciência sobre as leis morais. E ainda associou-a a Autonomia, que tem haver com seguir a própria natureza de Spinoza, ou a espontaneidade de Leibniz. Enfim, liberdade suscita no homem o poder de se exprimir como tal, e obviamente na sua totalidade.
Pesquisamos do código genético às galáxias e o maior dos desafios sempre foi, e é o autoconhecimento. Com ele, poderíamos desenvolver o grande poder do autocontrole e alcançar da liberdade em sua plenitude. Conhecer-se para ser flexível a ponto de encontrar o caminho da felicidade em meio a tantas diferenças, equilibrar os opostos e construir o caminho do meio sem forçar e sem largar o timão da vida que insiste em definir. As escolhas podem ser o começo; um exercício.
Um exercício angustiante ao perceber o que Sartre disse ser condição ontológica do Ser humano. Antes de tudo, para ele, somo livres. Nós decidimos, definimo-nos, engajamos e esgotamos em si mesmos.  Estamos condenados a fazer escolhas que implicam em responsabilidades.
Por fim, a liberdade pode ser vista como a capacidade de fazer escolhas. Em grupo há uma oportunidade maior de ampliarmos a consciência e principalmente de co-laborarmos em prol de um objetivo comum. Então, que seja a Felicidade.