segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Aproveitanto o momento registro minhas reflexões.

A CENTÉSIMA TÉCNICA


                Alongar o ponto de vista e fortalecer a percepção para refletir sobre o que seria a centésima técnica.
                O Ato chamado Fisioterapia começou há muito tempo como citam Rebelatto e Botomé, com peixes elétricos, energias físicas e até quem sabe em atos instintivos de friccionar a mão para aliviar desconfortos e dores - massagear. Em princípio esse foi o embrião de um sistema organizado que hoje interage numa equipe de saúde - Fisioterapia.
                Já fomos pequenos órgãos que atendiam as elites, crescemos e interagimos sistemicamente em várias áreas da saúde humanizada. Agora precisamos reeducar nossa postura global e ver além do fisioterapeuta, a Fisioterapia.
                É urgente uma mudança no modo de articular a categoria para possibilitar uma melhor funcionalidade profissional. Somos além de Mulligan, Maitland, Pilates, Iso Streching, RTA, RMA, etc. Fomos aos lares, visitamos famílias, estamos em hospitais, terapias intensivas, invadimos da baixa a alta complexidade, até brigamos por espaço com outras áreas de conhecimento. Somos mais que a soma de todas as técnicas, buscamos a integralidade e arriscamos o holismo mais do que nunca e ainda assim, pouco nos conhecemos.
                Sabemos que andamos de branco, com jaleco, de gravata, salto alto, tênis, abrigo, bermuda e até roupa de banho. Estamos no solo, na água e começando a explorar o espaço também. Fazemos amigos no trabalho e cúmplices de jornadas desafiadoras. Talvez, pela rapidez com que crescemos nos desconhecemos agora. E assim, como uma Neo-Fisioterapia estamos nos diferenciando, quase distanciando. Exceto na causa propulsora de todo esse movimento- O Ser Humano- ora, usuário, cliente, paciente, amigo e parceiro. De onde surgiu e surgirão todas as técnicas.
                Agora entendo porque quem se trata com fisioterapia, Faz Fisioterapia e não a recebe.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

SAÚDE: intervenção colaborativa



________________________________________________________________
Partir com esse método é bastante desafiador, no entanto é emergente e incontornável no mundo atual a intervenção em saúde pautada na participação do homem como protagonista da sua qualidade de vida. Há como melhorar a qualidade da vida de alguém com medidas exteriores? Há como determinarmos o que é bom para a vida de alguém?
...
A resposta é a mesma para as duas perguntas, SIM. Inclusive já fizemos isso ou esperamos que alguém o fizesse por nós de alguma maneira. Medidas estruturais, de acessibilidade, inclusivas podem sim dar mais qualidade a vida; é indiscutível. Muitas pesquisas ditam o que devemos ou não fazer com nossa alimentação, comportamento e estilo de vida.
O problema está no respeito à liberdade e autonomia. É possível alguém se sentir pleno, realizado sem liberdade? A discussão fica acirrada e o foco- liberdade- prende a atenção e aguça os sentidos. Desde muito cedo o homem percebeu-se livre, buscou sua liberdade com a luta, força e principalmente, conhecimento. Tornou-se livre pensador, filósofo e descreveu a vida e a liberdade sem abstraí-las do Ser Humano. Descarte caracterizou-a como a ausência de propensão entre duas alternativas e as relacionava a aquisição de informações. Kant, em Crítica da Razão Pura, acrescentou a razão, que advêm da consciência sobre as leis morais. E ainda associou-a a Autonomia, que tem haver com seguir a própria natureza de Spinoza, ou a espontaneidade de Leibniz. Enfim, liberdade suscita no homem o poder de se exprimir como tal, e obviamente na sua totalidade.
Pesquisamos do código genético às galáxias e o maior dos desafios sempre foi, e é o autoconhecimento. Com ele, poderíamos desenvolver o grande poder do autocontrole e alcançar da liberdade em sua plenitude. Conhecer-se para ser flexível a ponto de encontrar o caminho da felicidade em meio a tantas diferenças, equilibrar os opostos e construir o caminho do meio sem forçar e sem largar o timão da vida que insiste em definir. As escolhas podem ser o começo; um exercício.
Um exercício angustiante ao perceber o que Sartre disse ser condição ontológica do Ser humano. Antes de tudo, para ele, somo livres. Nós decidimos, definimo-nos, engajamos e esgotamos em si mesmos.  Estamos condenados a fazer escolhas que implicam em responsabilidades.
Por fim, a liberdade pode ser vista como a capacidade de fazer escolhas. Em grupo há uma oportunidade maior de ampliarmos a consciência e principalmente de co-laborarmos em prol de um objetivo comum. Então, que seja a Felicidade.

domingo, 1 de agosto de 2010

MUITO PRAZER

Ao conhecer alguém, algo ou coisa, entramos em contato com a história que o define. Em profundidade ou superficialmente tomamos consciência do que o cerca. Essa é o contexto que trata Augusto Cury em seu livro “O Futuro da Humanidade”, editora Sextante, 2005.


Primeiro sabemos o nome, a denominação. Uma vez interessados nesse detalhe já podemos adentrar um pouco mais na história. Todos têm algo para contar sobre o próprio nome! Conhecer melhor as pessoas que nos relacionamos nos fará mais realizados, pois saberemos o que esperar de quem nos cerca. Muito da nossa frustração está relacionado com o erro de expectativa.

Se soubermos observar um pouco mais podemos ir bem mais adiante. Observando a maneira de falar, tom de voz, expressão facial, postura corporal... Temos a capacidade de identificar contradições em nosso comunicador.

O fato é que estamos tão apressados, assoberbados e até desinteressados no outro que estamos embotando nossa capacidade de percepção, intelecção e compreensão. Aí, ficam mais presentes os “maus entendimentos”, os conflitos e agruras que tanto entristecem.

Vamos então fazer diferente. Já começamos um pouco diferente da história do livro supracitado, pois estudamos em modelos anatômicos industrializados e em colegas. Agora devemos seguir conhecendo a história por traz de cada nome anatômico. O que ele quer dizer, por que foi denominado assim, tem haver com sua localização ou função?

Quem sabe poderemos ir além, mais longe ainda. Ao se relacionar com alguém buscaremos nos auto-desenvolver e conhecer. Podemos avaliar nossas próprias contradições, para corrigi-las a fim de alcançar a realização plena. Mergulhar em nos mesmos em busca de significado só pode ser benéfico, pois estaremos em busca de nosso grande tesouro. Essa busca a partir da relação com o próximo é melhor ainda considerando que sozinho não somos capazes de melhorar.

Vamos tentar desvendar o que significa e traz de história cada parte do corpo. Vamos além das nominas, vamos em busca das relações locais, regionais e globais. A cultura, a atividade laboral, as escolhas e a maneira de pensar constroem e manifestam-se no corpo, dão a corporiedade do indivíduo. Cada um é um mistério a ser desvendado e o que temos são pistas. Partir do conhecimento físico é um começo de uma grande jornada.

franciscouchico